A oficina tem por objetivo introduzir os(as/es) aprendizes ao universo múltiplo dos sons de boca, a partir do beatbox e da percussão vocal. Primeiro o nome: por que este e não “Investigação dos sons vocais”? Porque beatbox não é vocal. Pelo menos não necessariamente. Podemos criar uma música inteira com sons de boca, sem mobilizar as cordas vocais. Isso porque os principais sons utilizados no beatbox acontecem pelas consoantes mudas, vibração de lábios e de língua e fricativas. Diferente de um curso de formação, a pretensão desses dois encontros é a de construir um espaço de auto investigação a partir dos sons da própria boca, numa aproximação minuciosa de cada som, percebendo como ressoa.
CRONOGRAMA
DIA 1
Apresentação muito breve das participantes, falando o próprio nome e emitindo um som aleatório. Em seguida, introduzir rapidamente as pretensões da oficina. Explicar o nome da oficina, e trazer a distinção prático-conceitual entre canto e beatbox. • Breve aquecimento (todo início de aula). • Pressão do diafragma: função e como realizar. • Consoantes, fricativas. Distinção da emissão vocal (duração nas vogais). • Vibrantes – com e sem emissão vocal; laringe baixa, laringe alta; de lábios, de língua; ar entrando no corpo, ar saindo do corpo. • Bumbo (pressão de ar no centro dos lábios) / chimbal (t mudo, língua com pressão de ar no centro) / caixa (KEH, PF, PSH). Os sons de base da bateria e suas variações dentro da perspectiva do beatbox. EXERCÍCIO PRÁTICO: O grupo todo com venda nos olhos ou no breu total, caminhando pelo espaço. A partir de um tema escolhido, as pessoas caminham e emitem sons, se experimentam, fazem barulhos e ruídos, com o intuito de construir uma massa sonora que dará o tom da atmosfera. Além da emissão sonora, o exercício tem por objetivo desenvolver a escuta e a troca sonora, no sentido de jogar com as possibilidades que aparecem, perceber o que se ouve, a localização dos sons, volumes, texturas, timbres, como e onde o som ressoa, etc. Neste primeiro momento, SEM O USO DA VOZ. Tentar brincar apenas com os sons que não utilizam as cordas vocais. {COLOCAR UM SOM CONTÍNUO DE FUNDO}.
DIA 2
Brevíssima conversa perguntando como ressoou o encontro anterior para cada pessoa, dúvidas, apontamentos. • Breve aquecimento para o início da aula. • Respiração no beatbox: ar de pulmão, ar de boca, utilização do som respiratório como recurso (ofegante, sussurro, sopro); a utilização de estratégias para recuperar o fôlego. • Vocalização no beatbox. Como o beatbox se relaciona com a emissão vocal, diferentemente do canto convencional. • Texturas vocais, timbres, etc. • Sons simultâneos (NASAL, vibrantes com voz, ar pra dentro, ar pra fora). EXERCÍCIO PRÁTICO: O grupo todo com venda nos olhos ou no breu total, caminhando pelo espaço. A partir de um tema escolhido, as pessoas caminham e emitem sons, se experimentam, gritam, fazem barulhos e ruídos, com o intuito de construir uma massa sonora que dará o tom da atmosfera. Além da emissão sonora, o exercício tem por objetivo desenvolver a escuta e a troca sonora, no sentido de jogar com as possibilidades que aparecem, perceber o que se ouve, a localização dos sons, volumes, texturas, etc. Agora sim se utilizando da voz, das texturas e timbres vocais, dos sons simultâneos.